Dragagens e reposição de areia encerram cais em Olhão
Empresas que fazem carreiras regulares sem local para parar embarcações.
A época balnear já começou mas o acesso à praia da ilha da Fuseta, em Olhão, está comprometido. As obras de dragagem no canal da Fuseta e a reposição de areia na praia da Fuseta-Mar, da responsabilidade do programa Polis, estão a impedir a utilização do cais de embarque e desembarque de acesso, travando a entrada de turistas na ilha.
A situação está a causar muitos problemas, em particular às empresas que fazem carreiras regulares para a ilha, como é o caso da Harmonia que já perdeu 60 mil euros. "Vivemos com o que não temos", lamentou ao CM Margarida Correia, gerente da empresa, que "trabalha no verão para investir nos barcos no inverno".
Segundo o concurso público, anunciado em janeiro deste ano, a obra tinha um prazo de execução de 180 dias e a praia estaria aberta aos utentes em junho. Mas nada disso aconteceu.
Entretanto, em maio, o presidente da Câmara de Olhão, António Pina, revelou que houve a contestação de um dos concorrentes ao concurso que atrasou o processo de adjudicação. Questionada pelo CM, a Sociedade Polis Ria Formosa revela que as obras arrancaram no final de maio porque foi quando se reuniram as condições necessárias, admitindo que não há garantias de que a praia esteja aberta ao público em julho, pois tudo depende do estado do mar.
Quando terminarem as obras no cais da ilha da Fuseta, arrancam as dragagens do canal até à barra, até final do ano. Estes trabalhos incluem o reforço do cordão dunar.
Os pescadores, também criticam a demora e alertam que a barra tem excesso de areia há muito tempo.
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