Duas mulheres apanhadas a levar droga aos companheiros presos na Cadeia de Caxias
Videovigilância do estabelecimento prisional do concelho de Oeiras ajudou na descoberta de uma das situações.
A videovigilância da cadeia de Caxias, Oeiras, ajudou na deteção de duas mulheres, apanhadas a passarem droga aos companheiros que ali estão detidos.
A primeira situação ocorreu pelas 10h15 de sábado, na portaria. Uma mulher que queria visitar o companheiro detido, foi alvo de revista por parte dos guardas, que encontraram uma folha de papel, enrolada em película aderente, que a visitante trazia escondida na zona da cintura. A forte suspeita de que se tratava de K4 (droga fumável, que está a invadir as prisões e que é embebida em folhas de papel) levou os guardas a identificarem a mulher e a participarem o caso ao Ministério Público.
Na manhã do dia seguinte, os guardas na central de videovigilância da mesma prisão viram outra mulher, namorada de um recluso de 25 anos, a passar-lhe um pequeno embrulho, que o mesmo escondeu no ânus. O recluso foi levado para uma sala especial onde, após revista por desnudamento, nada lhe foi encontrado. A chefia da guarda prisional concordou que o mesmo fosse hospitalizado. O preso negou a realização de exames para a deteção de objetos estranhos nos intestinos. Só com a administração de laxante, de regresso à prisão, foi possível que o mesmo expelisse uma bolota, com um peso estimado de 10 gramas de haxixe.
Foi aberto um procedimento disciplinar contra o recluso, enquanto a companheira foi entregue sob detenção à PSP, por suspeitas de tráfico de droga.
Frederico Morais, presidente do Sindicato Nacional da Guarda Prisional, confirmou ao CM a ocorrência, afirmando: "Estamos a recorrer à videovigilância para combater o tráfico de droga, mas depois somos obrigados a descurar outros pontos de vigilância, mas mantendo sempre o profissionalismo mesmo com falta de meios humanos".
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