Esquema de burla milionária pode atingir os 16 milhões de euros
Quatro homens, incluindo um autarca, desviaram poupanças para investimentos de risco.
O esquema de burla dos quatro promotores bancários que desviaram poupanças de clientes para produtos financeiros de alto risco pode atingir os 16 milhões de euros. A análise documental feita pela investigação da PJ aponta para uma média de 200 mil euros por lesado, sendo que o número total de vítimas - há oito identificadas - será de 80.
Entre os detidos, que angariavam clientes para o Deustche Bank, estão Ricardo Pimenta, presidente da Junta de Freguesia de Ribeira, em Ponte de Lima - eleito pela lista independente Rofen, e não pelo CDS, como esta quinta-feira noticiou o CM, embora este partido apoiasse a lista - e António Lima, alegado cabecilha do esquema e presidente da Associação Empresarial de Ponte de Lima. Esta quinta-feira, foram levados a tribunal, mas apenas um dos suspeitos foi ouvido, pelo que os interrogatórios continuam esta sexta-feira.
Sem conhecimento dos clientes, o grupo aplicava o dinheiro, que aqueles pensavam destinar-se a depósitos a prazo, em produtos de alto risco e que incluíam a possibilidade de perda total.
A investigação procura, ainda, o rasto das fortunas - o coordenador da PJ de Braga, António Gomes, referiu esta quinta-feira que, até ao momento, já foram identificadas oito vítimas, ascendendo o prejuízo a mais de 1,6 milhões -, já que, apurou o CM, é crível que nem todo o dinheiro tenha sido investido. Os lesados são das zonas de Ponte de Lima e Viana e incluem idosos e emigrantes, que entregaram poupanças de uma vida.
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