Regou a mulher com álcool e pegou-lhe fogo
"Está no âmbito do diabólico", afirmou a juíza.
Após a leitura do acórdão, a juíza Luísa Alvoeiro destacou a necessidade de aplicar "penas exemplares" para travar a "crescente banalização" do desrespeito pela vida, aludindo às 42 mulheres que, em 2014, foram mortas no contexto de violência doméstica.
O acórdão destaca a "frieza afetiva" e o "distanciamento emocional" revelados pelo arguido, que, por ciúmes, foi capaz de lançar fogo à mulher com quem esteve casado durante 32 anos, à frente da filha do casal. Sublinha ainda o "calculismo" com que preparou todo crime. Adélia Ribeiro, que trabalhava no hospital de Braga, foi atacada no hall do apartamento, na rua dos Congregados, quando saía para o trabalho, a 18 de agosto do ano passado. O marido despejou uma garrafa de álcool etílico na cabeça e pegou-lhe fogo. Depois entrou na casa e foi "calmamente" tomar o pequeno-almoço.
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