Ex-empresário de futebol José Veiga e mais oito acusados de corrupção

Arguidos do processo 'Rota do Atlântico' terão obtido vantagens de centenas de milhões de euros.

18 de dezembro de 2025 às 01:30
‘Rota do Atlântico’ é o processo que tem como principal arguido o ex-empresário de futebol José Veiga Foto: Sérgio Lemos
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José Veiga, ex-empresário de futebol, e Paulo Santana Lopes, irmão do antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, são dois dos nove arguidos, acusados dos crimes de corrupção ativa com prejuízo do comércio internacional, branqueamento e fraude fiscal qualificada, no âmbito do processo Rota do Atlântico.

Segundo um comunicado Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), divulgado na terça-feira, em causa estão suspeitas de corrupção de funcionários e titulares de cargos políticos na República do Congo, para adjudicação de obras públicas e que envolvem valores contratualizados globais de pelo menos 1,19 mil milhões de dólares (mil milhões de euros) e de 1,63 mil milhões de euros. Os arguidos terão feito circular o dinheiro destinado a si e aos funcionários e titulares de cargos políticos congoleses através de contas bancárias em Cabo Verde e na Suíça, constituídas em nome de "inúmeras entidades no estrangeiro" e da "elaboração de documentação sem correspondência com a verdade".

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No total, o Ministério Público apurou que os arguidos obtiveram vantagens de 224,11 milhões de euros e de 90,14 milhões de dólares (76,5 milhões de euros). Foram apreendidos 15 imóveis, 6 automóveis, dinheiro, saldos de contas bancárias, num valor global de 157,6 milhões de euros e 10,12 milhões de dólares (mais de 8,5 milhões de euros). Simultaneamente, o Ministério Público exige aos arguidos o pagamento de uma indemnização global de 44,89 milhões de euros.

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