Milhares de alunos em casa

O problema repete-se desde que as provas finais de 4º e 6º ano foram introduzidas pelo atual Governo: as provas realizam-se ainda durante o período letivo e, na maioria das escolas básicas de 2º e 3º ciclo e nas secundárias, os alunos dos restantes anos ficam sem aulas.

Neste ano, as provas realizam-se entre amanhã e quinta-feira da parte da manhã, o que significa praticamente uma semana de férias para milhares de estudantes, uma vez que grande parte das aulas decorre nesse período. "O grosso dos alunos vai ficar em casa. Temos criticado isto todos os anos, já transmitimos várias vezes ao Ministério da Educação e Ciência que as provas deviam ser após o fim das aulas. Resta esperar que o próximo governo o faça", disse ao CM Filinto Lima, da Associação Nacional de Diretores de Escolas Públicas.

O MEC diz que só assim "é possível garantir acompanhamento extraordinário dos alunos que chumbam" e que fazem nova prova. Jorge Ascensão, da Confederação Nacional de Associações de Pais, diz que não percebe "a lógica de fazer em 3 semanas o que não se fez num ano". Estão inscritos para as provas 217 mil alunos e 20 mil docentes farão vigilância. As provas contam 30% para a nota.