Falha informática leva a descarrilamento fatal
Maquinista português, um dos quatro mortos, surpreendido quando ia a 90 km/h.
O excesso de velocidade com que o comboio ‘Celta’ Vigo-Porto circulava quando descarrilou, na sexta- -feira, às 8h27, em Porriño, na Galiza, causando quatro mortes – uma delas do maquinista, português – e quase 50 feridos, terá tido origem numa falha informática. Ao que o CM apurou, a ordem dada por computador procedeu à viragem da agulha para a linha secundária da direita, mas não terá efetuado a alteração da sinalização, pelo que o maquinista não terá sabido da necessária redução da velocidade de 90 para 30 km/h e foi surpreendido.
A presidente da Câmara de Porriño, Eva García de La Torre, diz que "muito do que é necessário saber vai ser desvendado pela caixa negra, que já está a ser analisada, mas parece não haver dúvidas de que algo causou o excesso de velocidade".
A circulação foi retomada ontem, mas a composição só deve ser levada amanhã para Redondela, onde decorrem as peritagens, uma vez que não há ainda ordem judicial. O comboio era um dos onze que a CP alugou em 2011 à Renfe, por 21 milhões de euros. Os outros 10 operam nas linhas do Douro e do Oeste.
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