Falsas empresas dão golpe de 10 milhões de euros

Durante a Operação Cordial Mente, que durou mais de meio ano, um inspetor da PJ foi atropelado por um homem que tentava deter.

14 de novembro de 2018 às 08:54
Tribunal de Santarém Foto: David Martins
Tribunal de Santarém Foto: David Martins
PJ, Polícia Judiciária, costas, xxx Foto: Diogo Pinto
polícia, costas Foto: Nuno Fernandes Veiga

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Burlavam empresas há mais de uma década, através de firmas fictícias que vendiam produtos alimentares, de vestuário, maquinaria e eletrodomésticos a preços muito inferiores aos praticados no mercado. O grupo organizado, constituído por 18 pessoas - 16 homens e 2 mulheres, com idades entre os 30 e os 70 anos - foi detido, esta terça-feira, pela PJ de Leiria.

Durante a Operação Cordial Mente, que durou mais de meio ano, um inspetor da PJ foi atropelado por um homem, no dia 6 de setembro, na Póvoa de Varzim quando tentava efetuar a detenção de um dos suspeitos, que depois fugiu.

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Com este esquema a rede conseguiu arrecadar uma autêntica fortuna. "Foram já contabilizados danos patrimoniais que ascendem a cerca de dez milhões de euros, decorrentes de terem sido lesadas inúmeras empresas e particulares, bem como o próprio Estado em termos fiscais", disse Gil Carvalho, coordenador de investigação criminal do DIC de Leiria.

Foram realizados 36 mandados de buscas. "As empresas eram criadas ficticiamente, através de testas de ferro e outros. Compravam as mercadorias sem as pagar e colocavam- –nas no mercado, através de outras empresas fictícias a preços muito mais reduzidos", explicou Gil Carvalho.

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Apesar das detenções e de todas as diligências já realizadas, a investigação vai continuar . Os detidos vão ser esta quarta-feira presentes ao Tribunal de Santarém.

Em causa estão os crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, recetação e fraude fiscal.

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