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Detido grupo que causou prejuízos de dez milhões de euros através de empresas fictícias

Detidos irão ser presentes às autoridades judiciárias competentes para aplicação de medidas de coação tidas por convenientes.

13 de novembro de 2018 às 15:06

A Polícia Judiciária de Leiria desencadeou esta terça-feira a operação 'Cordial Mente', que pôs fim a um grupo organizado que criava empresas fictícias e que causou prejuízos de, pelo menos, dez milhões de euros.

Numa nota de imprensa, a PJ informa que "foram já contabilizados danos patrimoniais que ascendem a cerca de dez milhões de euros, decorrentes de terem sido lesadas inúmeras empresas e particulares, bem como o próprio Estado em termos fiscais".

"Estarão em causa crimes praticados de forma organizada, nomeadamente de burla qualificada, falsificação de documentos, recetação e fraude fiscal, concretizados através da constituição de firmas fictícias e sob a capa de movimentos comerciais aparentemente legais", acrescenta a mesma nota.

Durante as buscas e, até ao momento, procedeu-se à apreensão e recuperação de "inúmeros bens ainda não quantificados, sendo igualmente apreendida significativa quantidade de documentação, que serviria de suporte à atividade criminosa".

Segundo o comunicado, a Polícia Judiciária, no âmbito de uma investigação desenvolvida pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria, desencadeou esta terça-feira a operação 'Cordial Mente', visando o desmantelamento de um grupo organizado que se dedicaria à prática de múltiplos crimes de natureza económica e patrimonial.

A investigação, tutelada pelas autoridades judiciárias de Santarém e Tomar, determinou a emissão de 18 mandados de detenção e de 36 mandados de busca, cumpridos em várias localidades de norte a sul do país.

A operação, coordenada pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria da Polícia Judiciária, envolveu meios humanos e materiais das Diretorias do Norte, do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo, bem como os Departamentos de Investigação Criminal de Braga, Aveiro, Guarda e Unidade Local de Évora, num total de 170 operacionais.

A PJ contou ainda com a colaboração dos Comandos Distritais de Santarém da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública.

A investigação prossegue "visando apurar a real dimensão patrimonial que estará em causa".

De acordo com a PJ, o grupo era essencialmente constituído por indivíduos referenciados e com antecedentes criminais por questões similares às referidas.

O cumprimento dos mandados de detenção e das buscas domiciliárias e não domiciliárias ocorreu em simultâneo e de acordo com o planeamento operacional previamente definido.

Os detidos irão ser presentes às autoridades judiciárias competentes para aplicação de medidas de coação tidas por convenientes.

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