Falso naufrágio custa 24 mil euros

Um quarto dos pedidos de ajuda à Marinha são falsos.

24 de janeiro de 2016 às 21:07
24-01-2016_05_38_36 12 falso naufrágio.jpg Foto: DR
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O alerta para o naufrágio de uma embarcação na Foz do Douro, no Porto, a 11 de janeiro, e que se veio a revelar falso custou mais de 24 mil euros ao erário público."Acreditamos que possa, muitas vezes, haver a intenção de desencadear meios para concentrar a atenção numa determinada zona do País, como que abrindo caminho para que outras pessoas possam circular livremente, e aqui estamos a falar de ilícitos", salienta Paulo Vicente.

O valor representa uma gota de água nas verbas gastas pelas autoridades responsáveis pelo socorro marítimo, que todos os anos recebem, em média, cerca de 150 alertas falsos – mais de um quarto do total de operações de busca e salvamento.

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Dados revelados pela Marinha indicam que entre 2010 e 2015 os Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo – em Lisboa e Ponta Delgada – acionaram meios para 3814 missões no mar. Destas, 999 revelaram ser falsos alertas.

"Em qualquer situação de emergência que chegue ao nosso conhecimento, primeiro tentamos validar essa informação, mas não podemos perder muito tempo, porque os meios têm de ser ativados", explica o porta-voz da Marinha, comandante Paulo Vicente.

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Cada hora de voo dos helicópteros EH101 custa cerca de seis mil euros. No caso da Foz do Douro, a aeronave esteve quatro horas no ar.

A pena para estes alertas falsos prevê prisão até um ano, mas até hoje ninguém foi identificado como responsável por um falso alerta intencional.

"Acreditamos que possa, muitas vezes, haver a intenção de desencadear meios para concentrar a atenção numa determinada zona do País, como que abrindo caminho para que outras pessoas possam circular livremente, e aqui estamos a falar de ilícitos", salienta Paulo Vicente.

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