Família sem sinal de ódio a homicida

A família do homem que assassinou os pais e a avó mostrou ontem estar unida na dor, nos funerais que decorreram em simultâneo no cemitério de Arazede, Montemor-o-Velho. Neste momento de tristeza, os familiares não revelaram ódio ou raiva para com Paulo da Cruz, autor dos homicídios, que se suicidou com um tiro na cabeça.

Na igreja, as urnas de Antero Margato, 70 anos, Marília Cruz, 64, Maria Cruz, 91, e Paulo da Cruz, 41, foram colocadas lado a lado. "Vocês os quatro são a prova de que as melhores pessoas partem primeiro", disse uma neta do casal assassinado e sobrinha do homicida durante a missa.

Na mensagem, a menor recordou os momentos felizes que viveram juntos: "Nenhum de vocês os quatro nos queria ver neste sofrimento." Referindo-se ao tio, autor das mortes, recordou-o como "um amigo cinco estrelas".

No cemitério, o casal foi sepultado na mesma campa ao lado da do filho e a idosa na sepultura do marido.