Fecho do Kremlin é apenas temporário

Espaço vai fazer obras na estrutura acústica e isolamento, para o adaptar às novas exigências.

23 de setembro de 2025 às 01:30
Discoteca Kremlin, em Lisboa Foto: Direitos Reservados
Entrada da discoteca kremlin Foto: Pedro Rocha

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Duas a três semanas” será o tempo necessário para efetuar as obras que permitirão a reabertura da discoteca Kremlin, espaço mítico da vida nocturna lisboeta em funcionamento desde 1987, agora temporariamente encerrado por ordem do tribunal devido a queixas dos vizinhos.

Em causa, está uma queixa do condomínio situado nos pisos superiores do edifício (outrora ocupados por escritórios mas reconvertidos em habitações permanentes durante a pandemia), na qual os moradores alegaram que o ruído estrutural tem um impacto significativo nas suas vidas, incluindo na “manutenção de uma atividade sexual saudável" e "na possibilidade biológica de conceber uma vida”.

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As obras vão demorar, pelo menos, duas a três semanas. Depois serão feitas as medições, para sabermos qual o volume em que podemos operar, já que o problema não é exactamente o barulho da música, mas sim as vibrações na estrutura”, contou ao CM Filipe Martins, sócio gerente da empresa que explora o Kremlin desde 2016.

São obras caras. Estamos a falar de isolamentos das colunas, das paredes, casas de banho, com recurso a novas tecnologias. Não ficarão por menos de 30 a 40 mil euros, que se somam ao prejuízo do encerramento, ainda que temporário, do espaço”, lamentou Filipe Martins, lembrando que durante muitos anos a discoteca laborou sem problemas. “Nem sequer sabemos se nas remodelações que converteram os escritórios em casas foram utilizados os materiais que seriam necessários para o novo tipo de utilização habitacional”, admite, embora saiba que às cinco discotecas que ocupam o quarteirão (Temple, Mome, Hype e o Plateau, este último também já intervencionado), pouco mais resta que cumprir as ordens das autoridades.

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