Fogo causa prejuízos de cinco milhões de euros
Governo concluiu levantamento de estragos agrícolas e florestais provocados pelo incêndio de agosto.
Os prejuízos agrícolas e florestais resultantes do incêndio de Monchique - que depois alastrou aos concelhos de Silves, Portimão e Odemira - totalizam os cinco milhões de euros, segundo um levantamento do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (MAFDR).
O fogo, que lavrou entre 3 e 9 de agosto, foi o maior registado este ano no País, tendo destruído uma área de 26 763 hectares.
Para repor o potencial produtivo, o Governo decidiu disponibilizar apoios a fundo perdido aos lesados, decorrendo o período de candidaturas até ao final do corrente mês.
Numa resposta por escrito a questões colocadas pelos deputados João Dias e Paulo Sá (ambos do PCP), a que o CM teve acesso, o MAFDR revela que até ao dia 16 deste mês foram recebidas "90 candidaturas".
Os apoios visam a reposição de animais, culturas permanentes, máquinas e equipamentos agrícolas, armazéns e outras infraestruturas de apoio.
São elegíveis investimentos entre 100 e e 800 mil euros, com os seguintes níveis de apoio: 100% até 5 mil € ; 85% a partir desse valor e até aos 50 mil €; e 50% para os montantes mais elevados.
PORMENORES
Área ardida
O incêndio consumiu 15 836 hectares de floresta, 9801 de terrenos ocupados por mato e 1126 de área agrícola.
Investigação
A Polícia Judiciária está ainda a investigar as causas do fogo, que começou no sítio da Perna da Negra, Monchique.
Prazo alargado
O prazo para candidaturas a apoios do Governo terminava a 30 de setembro, mas foi prorrogado até ao final deste mês.
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