Fogo criminoso destruiu 84 mil hectares de floresta
Incendiarismo é o principal responsável pelo flagelo das chamas.
A grande maioria da área destruída pelas chamas no ano passado foi provocada por incêndios ateados de propósito e com mão criminosa, revela a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF). Desde 2018 que os incêndios dolosos não provocavam tanta destruição florestal como no ano passado, reconhece a AGIF que apenas entregou o relatório dos incêndios relativos a 2024 na Assembleia da República e ao Governo na semana passada.
De acordo com o documento, dos 137 651 hectares da área destruída pelos incêndios no ano passado - quatro vezes mais do que tinha ardido em 2023 - 84 mil hectares verificaram-se em incêndios que foram provocados de forma dolosa.
No ano passado e nas ignições investigadas pela Polícia Judiciária, um em cada três incêndios deflagrou devido a mão criminosa.
De salientar também que foi na terceira semana se setembro que ocorreram os fogos responsáveis por 92% da área destruída em 2024. Metade da área reduzida a cinzas pelas chamas localiza-se no centro do País.
Em 2024, os incêndios provocaram a morte de 16 pessoas: nove operacionais envolvidos no combate às chamas e sete civis.
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