GNR ultrapassam Forças Armadas em número de efetivos
Associações e chefes militares têm alertado publicamente a ministra da Defesa para a grave crise de efetivos existente.
As Forças Armadas perderam em média, nos primeiros nove meses do ano, mais de quatro militares por dia, de acordo com dados oficiais divulgados esta quarta-feira pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).
A 30 de setembro, as Forças Armadas tinham 23 163 elementos ao serviço, menos 1133 do que no início do ano e menos 11 351 (-32,89%) do que o efetivo existente em 2011. Marinha, Exército e Força Aérea foram, em conjunto e pela primeira vez, ultrapassadas pela GNR, que tinha a 31 de setembro 23287 elementos.
De acordo com os dados da Direção-geral da Administração e Emprego Público, divulgados pela AOFA, só no terceiro trimestre saíram 395 militares, dando razão às queixas das associações e dos chefes militares, que têm alertado publicamente a ministra da Defesa para a grave crise de efetivos existente.
No mesmo documento, a AOFA mostra que, desde 2011 perderam pessoal: a Polícia Judiciária perdeu 22 elementos (tinha 2296 no final de setembro, e os números no futuro passarão a estar inflacionados com a absorção de centenas de inspetores do SEF, com a extinção deste serviço); a PSP perdeu 1494 (tinha 20440); e a Guarda Prisional perdeu 208 (4104). Por outro lado, ganhou pessoal a GNR (mais 388, tinha 23287), ultrapassando o efetivo total das Forças Armadas.
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