Bombeiros combatem incêndio em Góis. População recusa-se a abandonar as casasFoto: Reuters
Bombeiros combatem incêndio em Góis. População recusa-se a abandonar as casasFoto: Reuters
Bombeiros combatem incêndio em Góis. População recusa-se a abandonar as casasFoto: Reuters
1/3
Partilhar
As chamas avançaram ameaçadoramente pelo concelho de Góis desde a madrugada. Ameaçaram populações e nem o posto de comando instalado na Selada do Braçal, junto à EN112, que dá acesso à Pampilhosa da Serra, escapou.
Durante a tarde de ontem as chamas chegaram bem perto do posto onde estava o secretário de Estado Jorge Gomes, que teve de abandonar o local. Desde o início da manhã foram evacuadas 27 aldeias em Góis - meia centena juntando os concelhos vizinhos. Numa delas o funeral de um homem de 57 anos foi adiado porque os moradores foram retirados.
Tudo aconteceu já ao final da tarde. O avanço das chamadas sobre o posto de comando provocou grande tensão. O secretário de Estado foi retirado, indo depois para o novo local onde foi reinstalada a estrutura. Foi necessário recorrer a uma retroescavadora para reforçar a segurança de pessoas.
Pub
Antes disso, e pela manhã, a GNR começou a bater às portas dos moradores de várias aldeias a pedir que saíssem por causa da ameaça das chamas. O fogo que foi dado praticamente como dominado na 2ª feira à noite, na Pampilhosa da Serra, reacendeu e avançou a grande velocidade para as aldeias impulsionado pelo vento.
"Eu não quero deixar a minha casa. É a única coisa que tenho", chorava uma moradora de Cadafaz. "A senhora tem de sair pela sua segurança", explicou-lhe um GNR. Ao início da tarde, em Sandinha, apenas uma mulher ficou para trás. Recusou abandonar a casa que por muito pouco não foi destruída.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?