Grande fogo da Ribeira Brava em 2024 com mais um arguido

Homem, emigrante na Suíça, já estava identificado e foi constituído arguido este verão.

09 de setembro de 2025 às 21:16
Incêndios Foto: Lusa
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Um segundo suspeito de ter causado o incêndio de grandes dimensões que lavrou durante 13 dias na Madeira, em agosto do ano passado, foi agora constituído arguido, confirmou, esta terça-feira, fonte da Polícia Judiciária (PJ).

A notícia foi, esta terça-feira, avançada pelo jornal Público e, segundo a PJ, o homem, emigrante na Suíça, já estava identificado e foi constituído arguido este verão, cerca de um ano depois do incêndio, após se ter deslocado de férias à Madeira.

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Este é o segundo arguido neste processo, cuja investigação prossegue.

O primeiro arguido foi constituído logo após o incêndio, tendo, em 02 de setembro do ano passado, a coordenadora do Ministério Público na Madeira, Isabel Dias, indicado que havia um suspeito constituído arguido.

Os homens são suspeitos de terem lançado os foguetes que deram início ao fogo.

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Em 29 de agosto do ano passado, a PJ revelou, em comunicado, que o incêndio foi causado pelo lançamento de foguetes, acrescentando que tinha identificado os responsáveis.

"A investigação realizada, designadamente através da recolha de depoimentos com relevo, análises de circunstâncias, informação meteorológica, informação oficial de várias entidades, bem como análise indiciária de vários elementos, permitiu identificar quer o local, quer os responsáveis pelo lançamento dos foguetes", adiantou então a PJ.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou em 14 de agosto nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e Santana.

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Na segunda-feira, 26 de agosto, ao fim de 13 dias, a Proteção Civil regional indicou que o fogo estava "totalmente extinto".

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontaram para mais de 5.104 hectares de área ardida, embora as autoridades regionais tenham sinalizado 5.116.

Durante os dias em que o fogo lavrou, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores foram regressando a casa.

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O combate às chamas foi dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas, segundo o Governo Regional, não houve registo de feridos ou de destruição de casas e infraestruturas públicas essenciais, embora algumas pequenas produções agrícolas tenham sido atingidas, além de áreas florestais.

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