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Líder do Chega quer expulsão de militante detido por suspeitas de atear fogos

André Ventura disse que não tem "dois pesos, nem duas medidas" por se tratar de um militar do partido.

05 de setembro de 2025 às 14:30

O presidente do Chega pediu esta sexta-feira a abertura de um processo interno com vista à expulsão do partido de Marco Silva, mandatário da candidatura à Câmara de Vendas Novas, que foi detido por suspeitas de atear fogos.

"Ontem mesmo, quando soube da notícia, fiz pessoalmente uma participação ao Conselho de Jurisdição do partido para que avançasse com a expulsão, se fosse o caso ainda de militância deste indivíduo", afirmou.

Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, André Ventura afirmou que este dirigente "é um criminoso que tem que ser punido, como todos os outros, com uma pena longa para aprender que não se brinca com o território e que não se brinca com a vida das pessoas".

O líder do Chega disse que não tem "dois pesos, nem duas medidas" por se tratar de um militar do partido e sustentou que trata estes casos de forma diferente de outros partidos.

"As pessoas sabem que todos os partidos, em todas as circunstâncias, podem ter pessoas que entram e que não correspondem àquilo que são os valores do partido. O que faz verdadeiramente a diferença é como é que são tratados e qual é a resposta que o partido dá", defendeu, acusando que os outros partidos de protegerem os seus dirigentes.

"Pouco me interessa se somos prejudicados eleitoralmente ou não", afirmou, referindo que mantém "a confiança de vencer" as eleições autárquicas no concelho de Vendas Novas.

Esta semana, o Chega deu entrada de um projeto de lei no parlamento para agravar as penas para os crimes de incêndio florestal, podendo ir até 25 anos, e equiparar os incendiários a terroristas.

Na quinta-feira, a GNR anunciou que deteve um homem, de 40 anos por suspeitas de ter ateado focos de incêndio junto à Estrada Municipal 530 (EM530), no concelho de Montemor-o-Novo, distrito de Évora.

O suspeito, Marco Silva, é o mandatário da candidatura do Chega à Câmara de Vendas Novas, encabeçada por Jorge Alcobia Pereira, nas próximas autárquicas.

"Oficialmente, ainda é o mandatário, porque legalmente não é fácil estar a substitui-lo", após a entrega das listas em tribunal, afirmou o candidato.

Contudo, Marco Silva "já não está a exercer o cargo" de mandatário porque "quis sair há algum tempo", justificou, acrescentando: "Não pertencia às listas e nem temos já contacto nenhum com ele".

Segundo o candidato do Chega à Câmara de Vendas Novas, Marco Silva informou a candidatura de que pretendia sair do partido.

Fonte do Comando Territorial de Évora da GNR indicou à Lusa que o alegado incendiário foi detido em flagrante delito, esta sexta-feira de madrugada, junto à EM530), que liga Cortiçadas de Lavre à Estrada Nacional 380 (EN380), após ter sido detetado a sair da sua viatura e a colocar fogo na berma da estrada.

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