Greve prisional adia julgamento de homem que tentou matar os pais

Homem está acusado de tentar matar os pais, por ter regado com álcool e incendiado o quarto em que eles dormiam.

23 de outubro de 2018 às 11:41
Tribunal de Braga Foto: Eduardo Martins
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A greve dos guardas prisionais obrigou esta terça-feira o Tribunal de Braga a adiar o início do julgamento de um homem acusado de tentar matar os pais, por ter regado com álcool e incendiado o quarto em que eles dormiam.

Segundo explicou a juíza presidente do coletivo que vai julgar o caso, o tribunal não conseguiu contactar o Estabelecimento Prisional de Custóias, onde o arguido está em prisão preventiva.

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Os guardas prisionais iniciaram às 00h00 de terça-feira uma greve de três dias para defender os direitos e os interesses "legalmente protegidos desta carreira especial" e reivindicar o compromisso assumido pela tutela quanto à revisão do estatuto profissional.

O início daquele julgamento ficou, assim, marcado para 13 de novembro.

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Os factos registaram-se na madrugada de 26 de setembro, na freguesia de Este S. Mamede, em Braga, quando o arguido, de 36 anos, terá regado com álcool o quarto em que os pais dormiam e pegado fogo.

Enquanto isso, terá ficado do lado de fora, a segurar a porta, para que os pais não pudessem fugir.

O pai, no entanto, conseguiu controlar a situação a tempo, não evitando, mesmo assim, que a mulher sofresse queimaduras graves nos pés.

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O arguido fugiu e foi ter com uma amiga, tirando-lhe 150 euros da carteira e fugindo-lhe com o carro.

No dia seguinte, ligou à mãe, exigindo que lhe depositasse 5.000 euros numa conta bancária e ameaçando que matar o pai a tiro.

Foi para o estrangeiro, mas dez dias depois foi detido pela Polícia Judiciária, quando voltou à sua freguesia.

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Está acusado de homicídio qualificado na forma tentada e de furto qualificado.

Segundo a acusação, o crime foi o corolário de constantes desavenças do arguido com os pais, por estes não lhe darem dinheiro para alimentar o vício da droga e não lhe emprestarem o carro.

O arguido já tem antecedentes criminais, tendo sido condenado a 14 anos e meio de prisão pela participação, em finais de 2004, num roubo em Póvoa de Lanhoso, que culminou na morte de um homem.

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Após cumprir parte da pena de prisão, saiu em liberdade condicional em finais de maio de 2017.

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