Grupo de ativistas planeava envenenar israelitas durante Boom Festival em Portugal

Um grupo de ativistas planeou envenenar israelitas no Boom Festival, em Portugal. Foi uma mulher judia quem denunciou o plano à KAN News.

Sarah (nome fictício), explicou que a ideia do grupo era "infiltrar-se no Boom Festival, porque muitos israelitas vão para lá depois de cumprirem o seu serviço nas IDF", cita o The Jerusalem Post.

A KAN News divulgou capturas de ecrã que mostram as mensagens do grupo de WhatsApp onde o grupo planeava o envenenamento. 

"São todos rapazes e raparigas veteranos da IOF. Estava a pensar em dar-lhes a provar do seu próprio remédio. Acordá-los e fazê-los saber que estão a receber um aviso humanitário para abandonarem as suas tendas, certificarem-se de que estão a uma distância segura e depois incendiarem as suas tendas. Dizia-lhes que sou o incendiário com mais moral do mundo e depois dava-lhes a gota de estricnina para os animar", pode ler-se numa das mensagens, citada pelo The Jerusalem Post.

Outro membro do grupo escreveu: “Oh, vá lá, estricnina no ácido deles não é desmembramento de bebés... afinal, são todos antigos ou atuais membros da OIF... o que é um pouco de estricnina para pessoas que rasgaram bebés em pedaços enquanto usavam a roupa interior roubada da mãe”.

A estricina, mencionada na mensagem acima citada, é uma substância altamente tóxica, foi usada como veneno para ratos, mas, precisamente devido à sua elevada toxicidade, foi proibida em vários países, incluindo Portugal. 

Sarah diz que entrou no grupo devido ao seu trabalho como artista e imagina que os ativistas não sabiam que ela era judia.

O festival, que volta a realizar em julho deste ano, atrai muitos israelitas a Portugal. Muitas das pessoas que estavam no Supernova Festival aquando do ataque do Hamas, a 7 de outubro, tinham estado no Boom Festival.

Sarah disse ainda ter contactado a organização do festival, mas que, até ao momento, "nada foi feito a esse respeito".