"Há taxistas que têm de ganhar para a droga"

Presidente da ANTRAL fala sobre detenções de taxistas.

23 de março de 2015 às 12:03
táxistas, Presidente da ANTRAL Foto: Manuel de Almeida/Lusa e Pedro Catarino
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O Correio da Manhã entrevistou Florêncio Almeida, presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), sobre as detenções de taxistas.

Correio da Manhã – As crescentes detenções de taxistas só se devem à crise?

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Florêncio Almeida – Não. São sempre os mesmos. Há taxistas detidos cinco, seis, sete vezes. Alguns ainda saem em liberdade antes das viaturas. Sei de um indivíduo que foi mandado em liberdade pelo procurador do Ministério Público numa segunda-feira e o carro esteve retido até quinta. Esse juiz não sabe o que é justiça.

– Que outros motivos aponta?

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– Há indivíduos que têm de ganhar para a droga. A PSP sabe quem são. Mas a larga maioria dos taxistas no Aeroporto de Lisboa são sérios. A lei é que não se aplica. Não conheço um taxista a quem tenha sido retirado o carro. Aos patrões, sim. São sempre os prejudicados.

– É só no Aeroporto de Lisboa?

– Sobretudo, mas não só. São casos que não passam pela PSP. Falta entrar em vigor o regulamento para o aeroporto e portos marítimos. Há quem diga que a PSP não quer largar mão dos serviços gratificados na gestão da praça do aeroporto.

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