Homem acusado de triplo homicídio em barbearia de Lisboa começa hoje a ser julgado

Vítimas dos disparos foram o proprietário da barbearia "Granda Pente" e um casal, de 34 e 36 anos. A mulher tinha dois filhos e encontrava-se grávida.

13 de novembro de 2025 às 07:04
Carlos foi morto dentro da barbearia
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O julgamento do homem acusado de matar três pessoas numa barbearia na freguesia lisboeta da Penha de França, em 2 de outubro de 2024, começa esta quinta-feira no Tribunal Central Criminal, no Campus de Justiça, em Lisboa.

Segundo o Ministério Público (MP), o homem é acusado de "três crimes de homicídio qualificado agravado com recurso a arma de fogo, um crime de homicídio qualificado agravado com recurso a arma de fogo, na forma tentada, e um crime de detenção de arma proibida".

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Os crimes ocorreram em 2 de outubro de 2024, na Penha de França, em Lisboa, quando "o arguido, munido de uma arma de fogo, se dirigiu a uma barbearia com o propósito de cortar o cabelo".

"Por não ter sido atendido de imediato, de acordo com a acusação, o arguido disparou sobre o barbeiro, sobre um outro cliente que se encontrava à espera e sobre a companheira deste, causando a morte às três vítimas", realçou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo a acusação, o homem disparou ainda sobre um empregado da barbearia, que não conseguiu atingir.

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As vítimas dos disparos foram o proprietário da barbearia "Granda Pente", de 43 anos, que tinha cinco filhos, e um casal, de 34 e 36 anos, residente na zona de Alenquer, que na altura se encontrava junto ao estabelecimento. A mulher tinha dois filhos e encontrava-se grávida.

O suspeito do triplo homicídio, morador no bairro onde ocorreu o crime e com historial de desavenças com a vizinhança, fugiu na altura com o pai e o irmão e refugiou-se num bairro do Pinhal Novo, no distrito de Setúbal, onde foi localizado e cercado pela polícia, acabando por se entregar com a ajuda de familiares.

O homem ficou em prisão preventiva e a juíza de instrução criminal que determinou esta medida de coação solicitou que a situação psiquiátrica do arguido fosse avaliada, mas os peritos consideraram-no capaz de distinguir o bem e o mal.

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