Homem degola companheira e finge assalto a casa

Mário Coelho acabou por confessar, mas disse que apenas matou por compaixão. Crime aconteceu em Porto de Mós.

08 de janeiro de 2019 às 01:30
Maria de Lurdes Rodrigues foi degolada pelo marido, Mário Coelho Foto: Direitos Reservados
Mário Coelho diz que matou por compaixão para com a mulher Foto: Direitos Reservados
Polícia Judiciária investigou homicídio em abril de 2018 Foto: Pedro Brutt Pacheco

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O homem que degolou a companheira e simulou um assalto à moradia para ludibriar as autoridades, no Juncal, Porto de Mós, começa esta terça-feira a ser julgado, no Tribunal de Leiria, podendo ser condenado à pena máxima de 25 anos de prisão, por estar acusado de homicídio qualificado.

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O homicídio ocorreu em 19 de abril do ano passado e o arguido, Mário Coelho, 59 anos, foi detido pela Polícia Judiciária de Leiria dois dias depois, assumindo o crime.

Alegou que tinha agido por compaixão e amor, por a companheira, Maria de Lurdes Rodrigues, 52 anos, estar desolada e ter dito que se queria matar, por sofrer de uma doença grave.

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A vítima estava à mesa a almoçar quando foi degolada pelas costas e continuou a ser esfaqueada até desfalecer. Ainda tentou defender-se, pondo os braços para a frente e fugindo pela cozinha, mas perdeu a luta, deixando manchas de sangue espalhadas por toda a divisão.

Para afastar as atenções e ludibriar as autoridades encarregadas de investigar o crime, Mário Coelho remexeu várias gavetas nas restantes divisões da moradia e escondeu alguns bens do casal, nomeadamente um televisor topo de gama, mas deixou outros objetos de elevado valor nos seus devidos lugares.

O crime ocorreu à hora de almoço e só ao final da tarde é que Mário Coelho deu o alerta, acompanhando desde o início todas as diligências das autoridades. Assistiu ao funeral da companheira, apresentando-se choroso e combalido.

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Foi detido e inventou várias desculpas até confessar o crime e participar na reconstituição da PJ.

PORMENORES 

Ficou na cadeia

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O arguido, Mário Coelho, está em prisão preventiva desde 23 de abril. Quando foi levado a tribunal, para ser interrogado pelo juiz, escondeu a cara com o casaco para evitar ser reconhecido.

Pintava cerâmica

A vítima, Maria de Lurdes Vieira, trabalhava como pintora de cerâmica, numa fábrica existente no Juncal há vários anos. No intervalo para o almoço ia sempre a casa tomar as refeições.

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Relação amorosa

O arguido e a vítima iniciaram uma relação amorosa em 2014 e viviam como marido e mulher desde fevereiro de 2017, na casa da vítima, na rua da Fonte, no Juncal. O arguido era motorista.

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