Homicida de idoso caçado por “coincidência” de ADN

Suspeito, de 58 anos, foi identificado mais de quatro anos após o crime violento, com a ajuda das autoridades de França, onde tem antecedentes por roubo.

14 de fevereiro de 2025 às 01:30
Suspeito saiu algemado do tribunal
João Valentim tinha 75 anos
Homicida de idoso caçado por “coincidência” de ADN Foto: Carlos Barroso

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O homem que torturou e matou um vizinho de 75 anos para lhe roubar dinheiro, em novembro de 2020, em Fervença, Alcobaça, foi detido na quarta-feira em Lisboa, pela Polícia Judiciária (PJ) de Leiria, que durante mais de quatro anos manteve a investigação em aberto.

Na altura foram recolhidos vestígios de ADN de outra pessoa, para além da vítima, e colocados na base de dados de perfis de ADN, mas não foi encontrada qualquer correspondência. A busca foi alargada a outros países, no âmbito da cooperação internacional, e o suspeito foi identificado pelas autoridades francesas, por ser o autor de um crime de roubo agravado, em França, em 2016.

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Com o suspeito identificado, em resultado desta “coincidência ao nível internacional”, como destacou esta quinta-feira a PJ em comunicado, os investigadores perceberam num curto espaço de tempo que o homem, de 58 anos, residia em Lisboa, para onde se mudou após o homicídio.

O suspeito ficou “surpreendido” ao ver os inspetores no restaurante onde trabalha e não resistiu à detenção. Esta quinta-feira foi ouvido no Tribunal de Leiria e hoje volta para saber as medidas de coação.

Em novembro de 2020, o idoso, João Valentim, vizinho do suspeito, foi manietado, agredido e torturado com uma “violência extrema” para revelar onde guardava “todo o seu o dinheiro em casa”. O idoso terá resistido ao roubo e pago com a vida.

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SAIBA MAIS

Violência amarrado

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João Valentim foi encontrado morto por uma prima, que estranhou ver o portão aberto e não ouvir os cães a ladrar. O corpo estava no terraço da residência, com as mãos e os pés amarrados com cordas e um saco de plástico na cabeça.

Prova relevante acervo

O “relevante acerto de prova, nomeadamente vestígios suscetíveis de tratamento e análise científica”, realizado no local do crime pelo Laboratório de Polícia Cientifica da PJ, teve um papel determinante na resolução do caso.

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