Hospital das Forças Armadas à espera de 4 milhões de euros para "obras urgentes"

Falta de dinheiro põe cozinha e segurança daquela unidade hospitalar em causa.

19 de setembro de 2018 às 17:13
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Curso de Comandos do Exército, Hospital das Forças Armadas, João Góis, tortura, internamento, recrutas Foto: Vítor Mota
Hospital das Forças Armadas, Unidade de Tratamentos Intensivos, Serviço de Medicina, Hospital Curry Cabral, Lisboa, 127.º Curso de Comandos, Alcochete, defesa, forças armadas Foto: Vítor Mota
Marcelo Rebelo de Sousa, Azeredo Lopes, Hospital das Forças Armadas, militares, curso, Comandos, Hospital Curry Cabral Foto: Nuno Fox/Lusa

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O Hospital das Forças Armadas aguarda autorização do Ministério das Finanças para desbloquear pelo menos 4,6 milhões de euros para "obras urgentes" nas redes de água e elétrica e para a instalação de uma central de segurança.

A situação financeira do HFAR, agravada por uma dívida do Instituto de Ação Social das Forças Armadas que ultrapassa os 14 milhões de euros, foi o principal alerta deixado pela direção do hospital junto dos deputados da comissão parlamentar de Defesa Nacional, que visitaram na terça-feira as instalações do polo de Lisboa, no Lumiar.

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Segundo fontes militares e parlamentares ouvidas pela Lusa, há cinco áreas que reclamam "obras urgentes" para as quais seriam necessários 4.680.000 euros, mas a despesa terá de ser autorizada pelo Ministério das Finanças.

De acordo com dados que constam numa informação enviada ao Ministério da Defesa em junho, a que a Lusa teve acesso, entre os cinco "projetos críticos" para o HFAR está a instalação de uma central de segurança e vigilância, com custo estimado de 190 mil euros.

"A sua inexistência comporta riscos ao nível da segurança militar e da segurança do edificado do Campus de Saúde Militar, particularmente no que se refere ao controlo de acessos, da intrusão e da alarmística - incêndios, cadeias de frio, sistemas de elevação e gases medicinais", é referido no documento.

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A remodelação da cozinha, visando cumprir os normativos legais para a confeção própria, dietas hospitalares dos doentes internados, para criar "condições adequadas" de armazém, frio e de limpeza e para criar "circuitos autónomos" para o pessoal e fornecedores foi também um projeto identificado como "prioritário", com custo estimado de 1,9 milhões de euros.

De acordo com fontes parlamentares presentes na visita, a direção do hospital manifestou "bastante preocupação" com o estado atual da rede de abastecimento de água para consumo, verificando-se que o reservatório apenas tem capacidade equivalente para o consumo de um dia e regista várias fugas. A rede de água quente também está em "elevado estado de degradação" e apresenta "roturas frequentes", receando-se que afete o fornecimento ao hospital.

A ampliação do serviço de internamento, a instalação de um sistema de deteção de incêndios, a substituição do sistema de águas quentes e a atualização dos equipamentos de transformação e distribuição de energia elétrica são os outros projetos considerados críticos, é revelado no mesmo documento.

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