“Incêndios não foram uma prioridade do Governo”
Autarca de Braga diz que o Executivo tem sido passivo na questão dos fogos florestais.
"O que sentimos é que, a um mês do início do verão, há muito por fazer em termos de prevenção e de meios. Apesar da dimensão das tragédias do ano passado, os incêndios não têm sido a prioridade do Governo." A afirmação é de Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, e foi proferida na conferência desta quinta-feira da iniciativa ‘CM Não Esquece!’, que decorreu no Theatro Circo.
O autarca disse que "têm sido feitas algumas coisas, nomeadamente no âmbito da prevenção e ao nível da limpeza de matas", mas sublinha que "não estar tudo pronto, nesta altura, ao nível operacional para atacar os incêndios é muito preocupante".
A psicóloga Joana Amaral Dias defendeu que, atendendo à dimensão "inacreditável" das tragédias do ano passado, "o Governo não devia ter feito praticamente outra coisa que não fosse uma grande campanha junto das populações promovendo a coesão nacional e preparar todo o dispositivo de prevenção e combate, por forma a que não voltemos a assistir à ocorrência de mortes por incúria do Estado".
Nesta conferência de Braga, o diretor-geral editorial-adjunto do CM e da CMTV, Armando Esteves Pereira, lembrou que "a iniciativa vai percorrer o País, de maneira a que a sociedade civil exija que tragédias como as de 2017 não se repitam".
"Relatório dos fogos não é fidedigno"
"Relatório dos fogos não é fidedigno" António Cerqueira, comandante dos Bombeiros Voluntários de Braga, revelou na conferência ‘CM Não Esquece!’ que comandou um dos maiores fogos de 2017, que consumiu 1200 hectares, e não foi ouvido por ninguém.
"O relatório nacional não é fidedigno. Eu não fui ouvido", disse.
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