Incêndios voltam em força e fazem 15 feridos
Entre as vítimas estão nove bombeiros e um civil queimados no incêndio da Sertã.
Os incêndios florestais voltaram esta sexta-feira em força ao Centro e Norte, alimentados por um vento muito forte que dificultou o combate desigual contra muralhas de fogo, obrigou a evacuar aldeias e causou 15 feridos.
O mais grave deflagrou na Sertã, atingiu 35 mil toneladas de madeira numa fábrica, deixando dois milhões euros de prejuízo, e feriu nove bombeiros e um civil. Já em Paredes, três sapadores e dois bombeiros ficaram feridos, enquanto em Valpaços as chamas não pouparam casas. Às 21h00, havia mais de dois mil bombeiros empenhados. O alerta vermelho mantém-se até ao final do dia deste sábado.
Na Sertã, o incêndio deflagrou às 14h50, em Marmeleiro e Cumeada. Chegou a estar dominado mas o vento atiçou-o e causou projeções. Quatro bombeiros de Castelo Branco e dois da Sertã foram apanhados pelo fogo, o mesmo acontecendo a um civil. Ardeu uma casa devoluta e a EN2 esteve cortada ao trânsito entre a Sertã e Vila de Rei. Chegaram a registar-se chuviscos, que não ajudaram a acalmar as chamas.
Foi também pela hora de almoço que começou um incêndio em Ervões, Valpaços, que ao longo da tarde e noite progrediu em direção a Chaves, atingindo várias casas, destruindo as culturas e obrigando a evacuar as povoações de Valongo, Vilar de Ouro, Celeiros e S. Domingos.
Em Gandra, Paredes, o fogo deflagrou pelas 13h15, obrigando à evacuação de "pelo menos quatro casas" e ferindo dois bombeiros e três sapadores da Afocelca, atropelados por um civil, contou ao CM Delfim Cruz, comandante dos Bombeiros de Baltar.
Em Miranda do Corvo, já passava das 18h00 quando deflagrou um incêndio de grande dimensão, na zona de Moinhos, que formava uma coluna de fumo tão denso que se via de Coimbra. As chamas também se viam da Lousã e Soure.
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Tem "um quadro de perturbação psicológica"e antecedentes por fogo posto quando ainda era menor de 16.
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