Violou, agrediu e extorquiu prostitutas. Os relatos de terror das vítimas na 'Reta de Coina'
Homem que dizia ser o dono do local, no Seixal, obrigava as prostitutas a dar-lhe 40 euros por dia para ali venderem o corpo.
Um homem que dizia ser o dono da Reta de Coina, no Seixal, obrigava as prostitutas a dar-lhe 40 euros por dia para ali venderem o corpo. Os relatos de terror só terminam quando foi preso, estando acusado de vários crimes e mantém-se em prisão preventiva.
Paula, Mariana, Luísa, Carla e Irene. São cinco nomes que vão representar cinco das vítimas reais do 'careca', o homem que durante quase uma década atormentou as prostitutas da reta.
O português de 40 anos cobrava a cada prostitua um valor diário. Algumas tinham de pagar logo quando chegavam à estação de comboios, a vários metros de distancia do local, sem terem trabalhado.
Em troca não recebiam nada. As queixas amontoaram-se na polícia depois de anos de medo: violações, agressões, perseguição e ameaça. Todas elas descreviam um ambiente de repressão.
Com Paula, por exemplo, o dono da reta obrigou-a a assumir uma relação amorosa com ele. Como não conseguiu bateu-lhe várias vezes, em locais públicos, mesmo à frente da filha menor de idade. Houve momentos em que a vítima teve de receber assistência hospitalar. Quando a mulher arranjou namorado, a situação piorou e as ameaças subiram de tom.
'Careca' tomava as mulheres como suas e vivia da prostituição, ou seja, extorquia-as. Quando Mariana tentou sair da reta a violência aumentou. Houve um dia, noutro local, que foi surpreendida pelo homem, no momento em que estava com um cliente. Começaram as ameaças: "tens de me pagar", dizia.
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