Irmão de futebolista leva namorada a viver terror

Telmo Cavaleiro, irmão de Ivan, ex-Benfica, agredia e ameaçava vítima, há quatro anos.

27 de março de 2019 às 01:30
Telmo Cavaleiro foi presente ao juiz em Vila Franca e libertado, mediante vigilância eletrónica e proibição de contactos Foto: Pedro Simões
Telmo Cavaleiro foi presente ao juiz em Vila Franca e libertado, mediante vigilância eletrónica e proibição de contactos Foto: Pedro Simões
Telmo Cavaleiro foi presente ao juiz em Vila Franca e libertado, mediante vigilância eletrónica e proibição de contactos Foto: Pedro Simões

1/3

Partilhar

A GNR de Vialonga, em Vila Franca de Xira, deteve Telmo Cavaleiro, irmão mais velho de Ivan Cavaleiro - jogador português atualmente a representar o Wolverhampton, da Liga Inglesa - por violência doméstica sobre a namorada.

Os crimes ocorriam há quatro anos e só pararam na semana passada, quando a vítima fugiu. As agressões incluíam socos na cara e o irmão do atleta de 25 anos - que jogou no Benfica de 2007 e 2013 - disse várias vezes que ia matar a namorada, com quem vivia.

Pub

Este ano, depois de uma agressão na rua, a jovem foi abordada pela GNR mas não denunciou por medo.

Pub

Um dos últimos crimes ocorreu na noite de 13 de março, durante uma volta de carro. Telmo disse à vítima que os homens é que mandam e gritou-lhe que era uma "vaca do c…", ordenando-lhe que saísse do carro.

Depois puxou-a pela camisola, colocou-lhe o braço à volta do tronco e arranhou-a na cara.

Na segunda-feira, Telmo foi detido fora de flagrante delito.

Pub

O Ministério Público requereu medidas de coação que acautelassem o perigo de continuação da atividade criminosa e o juiz libertou-o, com a proibição de contactos com a vítima e ainda vigilância eletrónica.

Quase 16 mil casos de violência doméstica

A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) registou 15 964 casos de violência doméstica durante o ano passado. O valor representa uma diminuição face a 2017, quando foram registadas 16 741 situações.

Pub

O relatório anual da APAV, ontem divulgado, revela que estes casos fizeram 6928 vítimas, 86,3% das quais são mulheres e 7,4% menores.

A idade média das vítimas é de 43 anos. Cerca de 60% dos autores dos crimes são maridos, companheiros ou ex-companheiros das vítimas. 

Amigos e PSP lideram denúncias

Pub

A maior parte das vítimas que chegaram à APAV durante o ano passado foram encaminhadas por amigos (893 casos) ou pela PSP (677 situação), mais do que outros familiares das vítimas (614). Há também casos que chegaram a esta instituição em resultado de ações publicitárias (553), mais do que, por exemplo, foram encaminhadas pela GNR (371).

Note-se ainda os 170 casos participados pela Segurança Social, outros 108 oriundos de câmaras municipais ou juntas de freguesia ou as 48 situações que chegaram à APAV devido à intervenção da escola das vítimas. Apenas 58 situações (um por cento do total) tiveram origem na ajuda de vizinhos.

PORMENORES 

Pub

Três crianças por dia

A APAV ajudou, segundo o relatório anual, 941 crianças em 2018, uma média de três por dia. Este número representa uma em cada dez vítimas apoiadas pela instituição.

Crimes sexuais

Pub

O mesmo relatório dá conta que no ano passado houve 348 casos de abuso sexual de crianças, 15 de abusos de menores dependentes e 31 de pornografia de menores. Registaram-se ainda 165 violações, número que inclui crianças e adultos.

Aumentam atendimentos

Segundo a APAV, em 2018 foram feitos 46 371 atendimentos, um aumento de 31% face a 2017. Em sequência foram abertos 11 795 novos processos de acompanhamento às vítimas. Nesta fase, foram atendidas 9344 vítimas, 82,5% são mulheres.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar