Jardim Zoológico exibe grupo de seres humanos

"Sou engraçado como um macaco e tão indiferente como um gato, falo mais do que um papagaio e passo toda a noite acordado, tal e qual um morcego.” Em rima na versão original, esta declaração valeu a Brendan Carr, de 25 anos, uma entrada com estadia no Jardim Zoológico de Londres, mais especificamente na ‘Montanha dos Ursos’.

27 de agosto de 2005 às 00:00
Jardim Zoológico exibe grupo de seres humanos Foto: Stephen Hird/Reuters
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Brendan, actor, modelo, músico, perito em artes marciais e ‘viciado’ em ginástica, não está só. Tem a companhia de outros sete seres humanos. Todos vivem desde ontem, cobertos apenas com folhas de figueira, naquele parque zoológico, onde são tratados como os restantes animais, não racionais, que lá estão, com duas diferenças: os seres humanos vão passar a noite a casa e, na segunda-feira, serão livres.

O ‘Zoo Humano’ – como foi designada esta iniciativa – tem por objectivo demonstrar a natureza básica do Homem e examinar o impacto da nossa espécie no reino animal. “Quisemos revelar o lugar do Homem no ecossistema planetário”, avança a direcção do Jardim Zoológico de Londres, em comunicado.

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De imediato surgiram voluntários, que se apresentaram através da internet. O Zoo escolheu oito. Brendan é o poeta do grupo. “O meu riso parece o de uma hiena, mas tenho corcunda como um camelo, cubram-me com folhas, porque eu sou, de facto, um mamífero”, escreveu.

Também Simon Spiro, de 19 anos, garantiu que as folhas de figueira serão suficientes para cobrir-lhe o corpo enquanto está na ‘Montanha dos Ursos’. “Não é muito diferente de uma piscina”, disse, adiantando que, como estudante de Veterinária, sempre quis trabalhar num Zoo.

Já Anna Westbury, de 27 anos, definiu-se como “obcecada por jardins zoológicos” e Thomam Mahoney, de 26, disse pretender “regressar à natureza”.

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