Juiz retoma interrogatório ao principal suspeito no processo ‘Operação Picoas’
Medidas de coação dos arguidos serão conhecidas na próxima quarta-feira.
O juiz de instrução criminal Carlos Alexandre retoma esta segunda-feira o interrogatório de Hernâni Vaz Antunes, principal suspeito no processo ‘Operação Picoas’. O empresário está indiciado por mais de 20 crimes. As medidas de coação deverão ser conhecidas na próxima quarta-feira.
Os inúmeros factos apresentados no despacho de indiciação de Vaz Antunes indica que o empresário, amigo do milionário da Altice desde a década de 1990, deverá ser ouvido hoje provavelmente durante todo o dia. Vaz Antunes e Armando Pereira são os focos principais da investigação do Ministério Público (MP) no inquérito que investiga os negócios suspeitos do grupo empresarial controlado por Vaz Antunes com o grupo Altice.
Neste processo, o MP investiga uma alegada "viciação do processo decisório do grupo Altice, em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência". Segundo o MP, Vaz Antunes e Armando Pereira implementaram, a partir de 2012, a estratégia para a concretização de negócios com o grupo Altice. Nessa estratégia, segundo o MP, a influência de Armando Pereira terá sido decisiva, até porque era acionista da Altice. Os negócios das empresas controladas por Vaz Antunes com o grupo Altice terão lesado o Estado que, segundo o MP, foi lesado a nível fiscal em mais de 100 milhões de euros.
Além de Vaz Antunes, já foram interrogados pelo juiz Carlos Alexandre três arguidos: o economista Álvaro Gil Loureiro, funcionário de empresas de Vaz Antunes, Jéssica Antunes, filha de Vaz Antunes, e Armando Pereira.
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