Julgado por fogo posto não se lembra de incendiar casas e carros em Coimbra

Homem tem pulseira eletrónica e está a ser acompanhado por uma comunidade terapêutica devido a problemas com álcool.

12 de setembro de 2025 às 19:49
Suspeito começou a ser julgado no Tribunal de Coimbra Foto: Ricardo Almeida
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O suspeito de uma onda de vandalismo com casas e carros incendiados em 2024, no lugar de Torre de Bera, em Almalaguês, Coimbra, diz não se lembrar de ter cometido os crimes, por estar atravessar um período de fraqueza emocional, pelo fim do seu relacionamento amoroso e coincidir com um acidente que vitimou o pai. "Refugiei-me no álcool e não me lembro do que fiz nessa altura", disse esta sexta-feira, no início do julgamento no Tribunal de Coimbra.

O homem, que está com pulseira eletrónica e internado para acompanhamento e tratamento em comunidade terapêutica, está acusado de vários crimes praticado em datas diferentes, durante o ano de 2024. Durante várias semanas a aldeia de Torre de Bera, viveu uma onda de vandalismo, com caixotes do lixo, jardins de casas e espaços devolutos incendiados, carros danificados e com pneus furados.

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Uma casa devoluta foi totalmente destruída pelo fogo de origem criminosa e noutra noite, dois carros ficaram carbonizados. As chamas não alastraram a uma quinta, graças à rápida intervenção dos bombeiros.

Como a população já andava em sobressalto, tomou medidas como, por exemplo, a colocação de câmaras de vigilância, que acabaram por apanhar o suspeito a incendiar vasos no jardim de uma moradia.

Em tribunal, o arguido disse não se lembrar de ter cometido os crimes, mas reconheceu que os possa ter praticado. Adiantou que, na altura, se refugiou no álcool e que não tem memória do que fazia, como no dia em que diz ter sido pressionado pelos inspetores a fazer a reconstituição do fogo que destruiu dois carros.

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A sessão ficou marcada pela revolta dos lesados. Durante a audiência o juiz-presidente pediu ao público para não se manifestar sob pena de expulsão.

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