Justiça investiga praxes na praia de Faro
Caloiros eram enterrados na areia alcoolizados.
O Ministério Público decidiu abrir um inquérito-crime à praxe académica que envolveu alunos da Universidade do Algarve e resultou no internamento hospitalar de uma aluna, de 19 anos, que entrou em coma alcoólico.
Os alunos eram levados para a praia, onde faziam um buraco na areia para se enterrarem, enquanto lhes eram dadas bebidas alcoólicas à boca. Teriam depois de rastejar até à água do mar, onde mergulhavam. O pai da jovem, que acusou 2,0 g/l de álcool no sangue, apresentou queixa e o caso seguiu para o Ministério Público.
O ritual ocorria há vários anos, mas a Associação Académica garante que não sabia que esta atividade ia ocorrer. O estabelecimento de ensino abriu um processo de averiguações e disciplinarmente os autores da praxe incorrem, no limite, numa pena de expulsão até cinco anos.
O Ministério da Educação exige às universidades que atuem para impedir "praxes humilhantes e vexatórias, que podem originar exercícios de violência física e psíquica sobre estudantes", que podem denunciar práticas abusivas, de forma confidencial, através do email praxesabusivas@mec.gov.pt.
O pai da jovem, Ricardo Galego, referiu ao CM que os autores da praxe "pediram desculpa".
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