Celso Esteves diz que o querem expulsar da praxe.
Praxes violentas: Universidades devem ser responsabilizadas?
Querem expulsar-me da praxe por ser homossexual. Fui humilhado por ser gay e sinto-me discriminado." As declarações são de Celso Esteves, aluno do curso de Línguas, Literaturas e Culturas na Universidade de Aveiro, que se queixa de homofobia por parte dos colegas – espalharam por todo o campus panfletos alusivos à sua orientação sexual.
Nos seis anos em que frequenta o curso, o jovem garante que já foi vítima de agressões violentas. "Desde o primeiro ano que tem havido problemas. O mais grave foi no ano passado, quando fui agredido também por causa da praxe", refere Celso, surpreendido pelas folhas espalhadas por toda a universidade com o título ‘escândalo’ na quarta-feira. "Desde esse dia as pessoas apontam- -me o dedo. Lançam olhares. Isto é uma situação a repugnar uma vez que a universidade de Aveiro diz que não discrimina ninguém", assume.
Contactada pelo CM, a Universidade de Aveiro não respondeu. Já a ‘Salgadíssima Trindade’ (cargo mais elevado na hierarquia da praxe) garante "repugnar o documento distribuído". E acrescenta: "Defendemos uma praxe que fomenta valores como a igualdade", lê-se num comunicado.
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