“Levei pontapés e socos da PSP”, conta jovem

João, de 18 anos, diz ter sido espancado na escola e na esquadra.

06 de novembro de 2017 às 08:43
PSP, agressão, agredido, esquadra, espancado, Escola Secundária Sebastião da Gama, Setúbal Foto: Direitos Reservados
PSP, agressão, agredido, esquadra, espancado, Escola Secundária Sebastião da Gama, Setúbal Foto: Rui Minderico

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Um aluno da Escola Secundária Sebastião da Gama, em Setúbal, acusa três agentes da 1ª esquadra da cidade, que fica na avenida Luísa Todi – dos quais identifica dois –, de violentas agressões na última quinta-feira.

João Soares, de 18 anos, disse na queixa que apresentou ter sido agredido a socos e pontapés na escola, na carrinha da PSP e na esquadra.

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Pelas 13h00, estaria com amigos à porta da escola quando viu aproximar-se uma carrinha de intervenção da PSP.

"Quando me dirigi para o interior da escola, três dos quatro agentes agarraram-me por um braço", diz ao CM.

"Levaram-me para um beco da escola, fizeram-me uma rasteira e caí ao chão". O aluno do 12º ano recorda que levou "socos, pontapés, chapadas" e foi "algemado". Garante que não foi revistado. "Como eu não me conseguia levantar bateram-me mais", diz.

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Na carrinha da PSP voltou a ser agredido. "Ouvi a minha irmã, que anda na mesma escola, a chamar por mim, e quando olhei para trás levei logo uma chapada. Na esquadra levei mais, só pararam quando ouviram a minha mãe a chegar. Foi a minha salvação".

Ao que o CM apurou, os agentes alegaram depois que João teria 10,5 gramas de haxixe, versão contrariada pelo jovem.

O CM falou com a mãe de João, Nélia Soares, que conta que o jovem foi operado ao coração há 2 anos e que evita confusões, motivo pelo qual terá entrado na escola ao aperceber-se da chegada dos agentes: "Eles devem ter ficado desconfiados de ele ter entrado mas é um miúdo pacato. Não gosta de confusões".

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