Ligação Barreiro-Lisboa gera moção de protesto
Comissão de Utentes denuncia vários problemas nas ligações fluviais diárias à capital.
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro aprovou ontem uma moção de protesto contra a Soflusa, empresa responsável pela gestão dos transportes fluviais, denunciando a falta de qualidade dos serviços prestados. Os utentes dizem que os problemas na ligação entre o Barreiro e Lisboa chegaram a um ponto sem retorno.
"Já não há horários, já ninguém pode contar com isso. Os barcos enchem e seguem viagem. Para pouparem combustível, as viagens demoram agora entre 20 a 25 minutos e a limpeza é outra das reclamações. Vemos baratas e casas de banho imundas", critica Antonieta Fortunato, da comissão de utentes, que exige voltar a sentar-se à mesa com a administração da Soflusa.
"Reunimo-nos há dois meses e, na altura, reconheceram os problemas, mas tudo continua por fazer. Vão ter de nos receber novamente e avançar com soluções", afirma a representante.
"Disseram-nos que até ao final do ano não aconteceriam mais ruturas. De facto, há barcos, mas não são suficientes para as horas mais difíceis do dia. Só quem vive isto diariamente é que sabe o que os utentes passam".
A comissão não coloca de parte a organização de outros protestos. Mas, "por enquanto, vamos aguardar a reação a esta moção porque em protesto andamos sempre", refere Antonieta Fortunato.
Ao que o CM apurou, desde meados de março que a travessia Barreiro-Lisboa é feita com cinco embarcações, em vez das normais sete. Questionada sobre a moção de protesto, a empresa garante não conhecer o teor da mesma pelo que só se pronunciará mais tarde.
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