Limpeza "muito abaixo dos padrões" obriga a encerrar messe da Base Naval de Lisboa

A Marinha mandou encerrar a messe principal (a de sargentos) e refeitório da Base Naval de Lisboa, em Almada, após uma inspeção interna se ter deparado com graves deficiências de limpeza e higienização e alguns problemas de degradação da estrutura, adiantou ao CM fonte da Armada.

Os militares vão passar a almoçar e jantar nos navios e em outras messes, como a dos Fuzileiros e da Escola de Tecnologias Navais. Em causa estão cerca de 700 refeições diárias.

Segundo soube o CM, a inspeção foi mandada realizar pelo próprio chefe da Armada, Almirante Gouveia e Melo.

As inspeções decorrem ainda em outras unidades da Marinha e visam encontrar irregularidades administrativas, ou eventualmente crimes de corrupção, na área do abastecimento. E foi também o próprio Gouveia e Melo a mandar encerrar o local, após o resultado "muito insatisfatório" da inspeção, "principalmente ao nível da limpeza, muito abaixo dos padrões".

Imagens a que o CM teve acesso mostram ainda infiltrações nas paredes e aparentes danos estruturais.

A mesma fonte indicou ao CM que, aproveitando o encerramento para "limpezas profundas", serão também realizadas "pequenas reparações" e o objetivo é "reabrir o mais rápido possível".

Entretanto, a solução passa por colocar o pessoal dos navios a almoçar e jantar a bordo (à noite apenas os grupos de serviço) e a restante base em outras messes. A messe de oficiais, junto ao palácio do Alfeite, poderá reabrir em breve.      

A mesma messe e refeitório da Base Naval de Lisboa têm vindo a ter problemas, nos últimos meses, porque a empresa contratada para a limpeza terá tido salários em atraso, várias vezes, com as funcionárias, que fizeram várias greves.

Há poucas semanas correu um vídeo nas redes sociais a mostrar tachos e tabuleiros amontoados nessa cozinha.