Mãe suplica a filho para não matar irmão
Homem abateu o irmão com um tiro de caçadeira na cozinha.
Maria Teresa Nascimento bem gritou ao filho Cirilo para não matar o irmão Adelino, mas não conseguiu evitar a tragédia, na quarta-feira à noite, na aldeia de Vila Meã, em Carregal do Sal. Questões relacionadas com partilhas e um fútil desentendimento por causa de um cão estiveram na origem do homicídio.
Os habitantes da localidade ficaram surpreendidos com o crime, até porque os dois irmãos sempre se deram bem. Só às vezes, quando Cirilo abusava do consumo do álcool, é que havia discussão. "Mas eram coisas normais, nada de grave. Eles lá tinham os problemas com os terrenos, mas só eles é que saberão", disse ontem ao CM o vizinho António Dias.
Já Vítor Marques diz que os dois irmãos "davam-se bem e ambos ajudavam a mãe", salientando que Cirilo, de 52 anos, "era boa pessoa": "Pediu-me algumas vezes dinheiro emprestado, mas deu-me sempre o que devia." Amélia Rodrigues, proprietária de um café em Vila Meã, refere-se a Cirilo Nascimento como "uma pessoa educada e respeitadora".
O crime aconteceu durante uma visita que Adelino fez à mãe, numa quinta agrícola. Após ter assassinado o irmão com um tiro de caçadeira no abdómen, Cirilo ligou para a GNR a contar o sucedido e disse que esperava pelos militares para ser detido. "Não ofereceu resistência", adiantou fonte policial.
O suspeito foi depois entregue à PJ, à qual confessou a autoria do crime. Vai ser sujeito a primeiro interrogatório judicial. A arma do crime era do pai, que já morreu, e foi entregue às autoridades policiais.
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