Incêndio de Odemira já chegou a Monchique

Combate a fogo já envolve mais de 400 bombeiros.

18 de agosto de 2021 às 15:36
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Um incêndio deflagrou esta quarta-feira à tarde em mato e povoamento florestal na freguesia de Sabóia, concelho de Odemira (Beja), e está a ser combatido por mais de 230 bombeiros, apoiados por 12 meios aéreos, revelou a Proteção Civil. O fogo lavra com grande intensidade e a densa coluna de fumo é já visível de Monchique. 

O fogo "mantém duas frentes ativas com pontos sensíveis", ou seja, existem "habitações dispersas" no perímetro das chamas, disse a fonte da ANEPC.

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O vento é um fator de risco que está a deixar a evolução do incêndio imprevisível.

Combate a fogo em Odemira já envolve mais de 400 bombeiros

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Um total de 435 operacionais estava, cerca das 20h50 de hoje, a combater o incêndio que lavra no concelho de Odemira, que já levou a GNR a cortar o trânsito na Estrada Nacional 266 (EN 266), segundo as autoridades.

Em declarações à agência Lusa, fonte da GNR disse que, devido ao incêndio, o trânsito na EN266 foi cortado por volta das 20h00, entre a localidade de Nave Redonda, no concelho de Odemira, e perto da vila de Monchique, já no Algarve

O incêndio mantém duas frentes ativas, estando a destruir mato e povoamento misto, nomeadamente sobreiros, pinheiros e eucaliptos, adiantou a fonte da ANEPC.

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A mesma fonte tinha indicado anteriormente, à Lusa, que as duas frentes ativas "continuavam a arder com intensidade" e "nenhuma delas" tinha cedido "aos meios", prevendo "uma noite muito trabalhosa".

"Estamos a reforçar os meios terrestres", acrescentou.

 "É um incêndio com progressão rápida, tem combustível disponível, fruto da secura, sobretudo dos combustíveis finos", e a sua propagação "é potenciada pelo fator vento, que está alinhado com a difícil topografia", disse. Por isso, o incêndio "tem todas as condições para progredir com rapidez", acrescentou.

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Incêndio de Odemira já chegou a Monchique

GNR desaconselha circulação na EN266 devido a fogo em Odemira

A GNR desaconselhou a circulação na Estrada Nacional 266 (EN 266), devido ao incêndio que lavra no concelho, disse à agência Lusa fonte da força de segurança.

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A EN 266 liga os concelhos de Odemira, no Alentejo, e de Monchique, no Algarve. "Ainda se circula, mas a qualquer momento poderá ser necessário cortar o trânsito na via", vincou.

A fonte disse que, ao longo da tarde de hoje, "por precaução", têm sido evacuados montes e casas dispersos, de primeira e segunda habitação, mas "ainda não foi evacuada nenhuma aldeia".

Homem de 20 anos sofreu queimaduras no fogo em Odemira

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Há registar ferimentos em duas pessoas. Ao contrário do que chegou a ser veiculado, não se confirma a existência de um bombeiro ferido com gravidade. Um desses dois civis feridos é um homem de 20 anos que sofreu "queimaduras de primeiro e segundo graus", revelou a Proteção Civil.

"Há um civil que efetivamente foi afetado pelo incêndio. É um ferido que, neste momento, consideramos como ferido leve, com queimaduras que serão de primeiro e segundo graus" e cuja "extensão está a ser avaliada", disse a mesma fonte.

Localidade de Moitinhas evacuada

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Bombeiros fazem posicionamento em Monchique

Os bombeiros estão já a fazer um pré-posicionamento em Monchique para proteger propriedades e população devido ao avançar das chamas e dificuldade de controlo do mesmo. Perto das 17h30, o fogo de Odemira estava a cerca de 10 quilómetros de Monchique. 

Contactada pela agência Lusa, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) revelou que o fogo, cujo alerta foi dado aos bombeiros às 13h14, está a consumir "uma zona de mato e de povoamento florestal", incluindo "sobreiros, eucaliptos e pinheiros".

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Incêndio começou em Saboia

O incêndio teve início na zona da localidade de João Martins, na freguesia de Saboia, e "tem duas frentes ativas", estando os bombeiros "a combater as chamas e também a fazer proteção a habitações dispersas".

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"Há habitações dispersas que se encontram na frente de fogo e os bombeiros estão também a protegê-las. Até ao momento, não temos conhecimento de qualquer habitação atingida", garantiu à Lusa a fonte da ANEPC.

A operação de combate envolve meios dos bombeiros e da Força Especial de Proteção Civil, assim como a AFOCELCA, GNR e Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Zona sul do país fustigada pelos incêndios

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Na zona sul do país há ainda outro incêndio que preocupa os bombeiros, em Loulé. Trata-se de um fogo em zona de mato com três meios aéreos e mais de 80 bombeiros no combate. 

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