1,7 milhões em multas por falta de limpeza nas florestas
GNR apanhou 54 incendiários, identificou 535 pessoas e aplicou mais de sete mil multas.
Cinquenta e quatro incendiários foram detidos pela GNR desde o início do ano até quinta-feira e 535 identificados.
Só esta sexta-feira, a PJ deteve mais três homens por atearem fogos – em Chaves, Valpaços e Tábua.
Às detenções somam-se mais de sete mil multas aplicadas pelos militares, com os valores cobrados a atingirem milhões de euros.
Os dados são da Operação Floresta Segura da GNR, que decorre durante todo o ano com mais de três milhões de quilómetros percorridos por 50 700 patrulhas na fiscalização das florestas de norte a sul do País.
Desde o início do ano, a GNR aplicou coimas pela falta de limpeza de terrenos e incumprimento de regras nas queimadas – de 280 euros para proprietários e 1600 euros para empresas. Foram aplicadas 6337 multas a quem não limpou os terrenos. Num cálculo por baixo, foram cobrados, no mínimo, 1 774 360 euros aos proprietários.
Nesta contabilidade não estão incluídas empresas que pagam valores mais elevados. Os militares elaboraram ainda 854 autos a quem não cumpriu regras para fazer queimadas – no mínimo, os proprietários (sem empresas) pagaram 239 mil euros.
Fogo no Pinhal de Leiria com 30 queixas
O incêndio que há dois anos destruiu o Pinhal de Leiria deu origem a quase 30 queixas de cidadãos e autos de notícia das autoridades, que foram reunidos na investigação da PJ de Leiria.
O processo tem mais de mil páginas e está no Tribunal de Alcobaça, onde vai ser julgada a única arguida, de 68 anos.
O incêndio teve origem em dois reacendimentos, na Praia da Légua e na Burinhosa, devido a "excecionais condições climatéricas".
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