Mais de seis mil alunos em escolas com amianto em Loures
Pais, professores e diretores exigem solução e já fizeram queixa do Ministério da Educação.
O movimento ‘Escolas de Loures sem Amianto’ foi recebido esta quarta-feira na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, onde denunciou a demora do Ministério da Educação em remover o fibrocimento degradado, que contém amianto, nas escolas do concelho.
O movimento já apresentou uma queixa à provedora da Justiça. O problema afeta mais de 6 mil alunos.
"Saímos com a esperança de que poderá ser feita alguma coisa", afirma André Julião, encarregado de educação e impulsionador da iniciativa.
"Já perdemos a conta às vezes que reportámos, a par da Associação de Pais e Encarregados de Educação do agrupamento escolar, ao Ministério da Educação a necessidade de se proceder à substituição dos telheiros em fibrocimento. Há inércia por parte do Governo", queixa-se Carlos Candeias, diretor do Agrupamento de Escolas Eduardo Gageiro.
"O amianto é um problema grave, que se arrasta há anos e para o qual parece não haver fim à vista, pelo que nos vemos forçados a recorrer a iniciativas como esta para tentar pressionar o Governo a fazer o que lhe compete", refere, por seu turno, Marina Simão, diretora do Agrupamento de Escolas de Moscavide e Portela.
Do movimento ‘Escolas de Loures sem Amianto’ fazem parte pais, professores, diretores e antigos alunos do Agrupamento de Escolas D. Nuno Álvares Pereira (Camarate), Agrupamento de Escolas de Moscavide e Portela (Portela), Agrupamento de Escolas Eduardo Gageiro (Sacavém) e o Agrupamento de Escolas de São João da Talha.
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