Marcelo admite conhecer Blanco das autárquicas
Faltam quatro dias para o início do julgamento da Operação Fizz.
Nas suas respostas como testemunha abonatória do advogado Paulo Blanco, acusado de corrupção na operação Fizz, que implica o procurador Orlando Figueira e o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente, o Presidente da República admite ter tido contactos com o advogado quando este era colaborador do gabinete da vereação do CDS no Município de Lisboa, em 1989.
"Os vereadores do CDS haviam integrado a lista da coligação PSD/CDS/PPM que eu encabeçara às eleições de 1989", adianta Marcelo Rebelo de Sousa. O Presidente diz que os vereadores do CDS fizeram depois um acordo com a maioria PS/PCP/MDP-CDE/UDP e PSR, pelo que o relacionamento se tornou mais longínquo "mas cordial".
Esta cordialidade está manifestada na dedicatória que Marcelo fez para Paulo Blanco no livro da autoria do jornalista Vítor Matos. Uma obra que contém uma fotografia onde se pode ver Marcelo e Blanco a jogarem futebol pela mesma equipa.
Mais, na apresentação do livro ‘Afetos’, do fotógrafo Rui Ochôa, logo após a eleição de Marcelo como Presidente da República, Paulo Blanco esteve presente na tribuna dos convidados.
Pede audição de Proença de Carvalho
Armindo Perpétuo Pires, alegado testa de ferro do ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente – e acusado de corrupção ativa – também requereu ao tribunal a audição do advogado Daniel Proença de Carvalho, apontado, por Paulo Blanco e Orlando Figueira, como conhecedor e interveniente em toda a teia que está subjacente ao julgamento da operação Fizz. Durante a fase de investigação, Proença de Carvalho nunca foi ouvido. Deverá agora testemunhar na fase de julgamento.
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