Mata mulher e suicida-se por não aceitar o fim da relação em Pombal
Casal encontrado num cenário macabro na casa onde moravam no Outeiro da Ranha.
A mulher, de 49 anos, estava na cama, toda ensanguentada e com um alguidar no chão cheio de sangue. O homem, de 59, foi encontrado dentro da banheira cheia de água e sangue. Tinha uma faca entre as pernas e dois golpes na zona do pescoço. Tudo aponta para um cenário de homicídio seguido de suicídio, cometido pelo homem que não aceitava o fim do relacionamento.
Este é 23º caso de mortes em contexto familiar ocorrido em Portugal desde o início do ano. Mais já do que todos os 22 registados em 2024.
O caso ocorreu no passado dia 7 de outubro, quando a senhoria insistiu com a GNR para forçar a entrada na habitação, onde se depararam com um verdadeiro cenário de horror. Mas só esta quarta-feira foi conhecido.
Alguns amigos e vizinhos do casal já tinham alertado as autoridades, preocupados por não os verem e os carros permanecerem no exterior da habitação. O facto de nenhuma das vítimas ter sido vista durante o fim de semana, nem terem comparecido no local de trabalho na segunda-feira, aumentou as desconfianças de que algo de anormal se estaria a passar.
O crime pode ter ocorrido cinco dias antes da descoberta dos corpos. O casal terá sido visto pela última vez na sexta-feira, dia 3 de outubro. Uma situação que a investigação, a cargo da PJ do Centro, tenta agora perceber.
O círculo mais próximo do casal fala em desentendimentos frequentes entre ambos: o que levou a mulher a pedir o fim do relacionamento; e que não foi aceite pelo homem.
A mulher trabalhava numa empresa de ovos e o homem numa exploração de areias. Ambos são ucranianos, mas estavam há vários anos radicados na região de Pombal. Não tem familiares no nosso País e as autoridades e amigos estão a ter dificuldade em contactar os descendentes na Ucrânia.
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