Médica assaltante considerada "imputável"
Começa a ser julgada em abril.
A médica que tentou assaltar uma ourivesaria no Centro Comercial Roma, em Lisboa, em 2011, começa a ser julgada em abril, após os exames periciais ordenados pelo tribunal revelarem que a arguida é imputável.
A perícia psiquiátrica foi requerida pelo Ministério Público e determinada pela juíza titular do processo, depois de a médica legista ter dito, em outubro de 2013, que, à data dos factos, estava "sob o efeito de forte medicação psiquiátrica e com uma depressão profunda", acrescentando que "nunca foi sua intenção roubar os objetos" avaliados em 7.200 euros.
Fonte judicial disse à agência Lusa que o exame pericial demonstra que a arguida, hoje com 50 anos, é "totalmente imputável" e que "tinha perfeita consciência dos seus atos".
Contactado pela Lusa, o advogado da arguida, João Martins Leitão, confirmou as conclusões da perícia psiquiátrica, acrescentando que o início do julgamento está marcado para 24 de abril, no Campus da Justiça, em Lisboa.
Atirou gás pimenta
Segundo o despacho de acusação do Ministério Público (MP), a mulher entrou na ourivesaria na tarde de 26 de dezembro e, depois de atirar gás pimenta para a cara da funcionária, tentou fugir com várias joias no valor total de 7.200 euros que tinham sido colocadas em cima do balcão.
A mulher foi imobilizada pela funcionária e por um segurança que se encontrava no exterior do estabelecimento comercial e entregue às autoridades, que lhe apreenderam uma réplica de uma arma de fogo que trazia na mala.
A 17 de outubro de 2013, a arguida disse ao tribunal ter acompanhamento psiquiátrico "há vários anos" e que, à data dos factos, "estava descompensada, sofria de uma depressão grave e tinha alucinações".
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