A edição de hoje
Estava em quarto de segurança reforçada, mas conseguiu isqueiro.
Incêndio no Hospital de Valongo
Doentes psiquiátricos são devidamente acompanhados em Portugal?
Isolado num quarto com segurança reforçada para os utentes, na ala psiquiátrica do hospital de Valongo, o doente conseguiu esconder um isqueiro da revista que lhe foi feita pela equipa de enfermagem, que até lhe tinha retirado outro isqueiro e um maço de tabaco. Foi suficiente para atear fogo, de forma deliberada, ao colchão e aos cobertores da cama. O hospital de Valongo teve de ser evacuado devido ao incêndio, que deflagrou ao final da manhã de quinta-feira.
A Polícia Judiciária do Porto foi chamada ao local e rapidamente percebeu a origem das chamas. O incendiário, considerado inimputável, não será alvo de qualquer processo criminal. Ficará sob apertada vigilância médica numa ala psiquiátrica. O hospital já terá instaurado também uma investigação interna no sentido de apurar o que falhou na revista ao doente. "A administração está orgulhosa do comportamento de todos os intervenientes", adiantou uma fonte do Centro Hospitalar de São João, que gere o hospital de Valongo, sobre a forma como o incidente foi resolvido. No Hospital de São João permanecem 15 doentes da ala psiquiátrica, que "só deverão regressar às instalações, em Valongo, nas próximas semanas e após reavaliação e obras na unidade", concluiu a mesma fonte.
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