Menor desesperado agrediu professor de dança que o violou
Julgamento começa em setembro. Jovem era atacado sexualmente na casa do arguido.
Desesperado por ser consecutivamente alvo de ataques sexuais por parte do professor de dança, um dos alunos de uma escola de Valongo recorreu à força física para tentar colocar fim ao terror que vivia.
Numa das noites em que ficou a dormir na casa do arguido - a vítima foi mantendo o silêncio e os pais confiavam piamente no homem -, este deitou-se ao seu lado na cama e, com as mãos, iniciou novos abusos. O menor resistiu, mas, como aquele não se afastou, desferiu-lhe um soco na cara.
O alegado pedófilo, de 42 anos, vai ser julgado no final de setembro, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, por ataques a três rapazes, com idades entre os 12 e os 16 anos. Encontra-se em liberdade, proibido de voltar à escola, da qual também era diretor.
Refere o processo que, mesmo depois de ter sido agredido pelo aluno, o arguido voltou ao mesmos comportamentos. O Ministério Público diz que só aquele menor foi atacado, pelo menos, 20 vezes.
Durante o mês de abril de 2018, decidiu deixar as aulas e foi ameaçado pelo professor, que lhe garantiu que jamais voltaria a entrar em competições nacionais. Exigia-lhe ainda o pagamento de uma aula particular e disse que o expulsaria daquela escola.
Acrescenta a acusação que o professor chegou a dançar nas aulas com aquele aluno, substituindo o respetivo par, para o poder "agarrar de forma extravasada daquilo que era necessário".
Os abusos aos três menores duraram vários anos.
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