Mestre do catamarã não sabe explicar colisão
Acidente com barco da carreira Barreiro-Lisboa provocou 34 feridos.
Rui Lopes, o mestre do catamarã da carreira Barreiro-Lisboa que quarta-feira colidiu contra o terminal do Terreiro do Paço, provocando 34 feridos, foi ontem novamente interrogado pela Polícia Marítima. Continua a não conseguir justificar o acidente.
"Conta que fez aquela atracação dezenas de vezes em condições de nevoeiro e não sabe explicar o que correu mal", afirma ao CM fonte conhecedora da investigação. Rui Lopes, de 52 anos, mestre de tráfego local há 14 e a trabalhar na Soflusa desde 1993, tinha já sido formalmente interrogado no dia do acidente. Terá assumido responsabilidade no embate, que as autoridades encaram como uma ação negligente e não dolosa.
A Polícia Marítima ouviu ontem, novamente, os restantes três tripulantes. As versões não contrariaram o assumido no dia do acidente: o mestre ter-se-á desorientado no espaço devido ao nevoeiro e entrado na zona de atracação com velocidade a mais, pensando estar mais longe do cais do Terreiro do Paço. A tripulação só deverá ser novamente ouvida caso haja necessidade de uma acareação.
A Polícia Marítima continua a recolha de elementos do catamarã ‘Antero de Quental’, como o registo de radar e outras ajudas à navegação, e de meios externos como do centro de controlo da Soflusa, do sistema Marine Traffic e da torre VTS que rastreia todo o tráfego no Tejo. O inquérito deverá ser remetido ao Ministério Público no prazo de uma semana. As vítimas já receberam todas alta.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt