Militar da GNR julgado por favorecer amigos no Porto
Daniel Ramalho está acusado de 16 crimes.
Daniel Ramalho, militar da GNR, nos Carvalhos, Vila Nova de Gaia, ficou em silêncio na primeira sessão de julgamento, esta quinta-feira, no Tribunal de S. João Novo, Porto. O militar - suspenso de funções - está acusado de 16 crimes, entre eles, corrupção passiva, abuso de poder, prevaricação, falsificação de documentos e acesso ilegítimo. Agia como uma verdadeira toupeira no seio da GNR para beneficiar conhecidos.
Perante o coletivo, a companheira, outra das arguidas, também não quis prestar declarações. O processo conta com mais quatro arguidos. Dois deles - mãe e filho, acusados de corrupção ativa em coautoria - deram suas versões dos factos. Perfeita Coelho foi apanhada em escutas telefónicas com o militar a pedir que acedesse à base de dados da GNR para conseguir uma morada. “Estava a ser perseguida. Consegui tirar a matrícula do carro. Ia fazer queixa, mas achava que tinha de ter a morada. Conhecia o Daniel, de ir ao meu café, liguei-lhe e pedi ajuda. Não sabia que não era legal”, explicou. O filho - também intercetado em conversas telefónicas com o GNR - referiu conhecê-lo apenas por frequentar o café. O militar foi detido pela PJ em dezembro 2019. Uma das situações mais graves está relacionada com um furto a uma casa, em Vila Nova de Gaia. Soube quem eram os assaltantes e não os denunciou.
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