Militar da GNR suspenso por não registar morada de sem abrigo
Agente não preencheu todos os dados quando recebeu queixa do homem por furto.
Um militar da GNR de Tavira foi condenado a cinco dias de suspensão e baixa à terceira classe de comportamento, por aceitar uma queixa sem preencher todos os campos obrigatórios.
Como o queixoso era sem abrigo, o GNR não preencheu a parte da morada e do telefone.
A situação aconteceu há cerca de um ano. O sem abrigo, de nacionalidade suíça, foi ao posto de Tavira apresentar queixa pelo furto de um saco na praia.
O militar de serviço ao atendimento recebeu a queixa mas "sem recolher a identificação do queixoso ou qualquer outro meio de contacto do mesmo", refere a decisão do processo disciplinar instaurado ao militar.
O documento destaca ainda que, com a queixa, "são empenhados meios humanos em diligências que não irão resultar em quaisquer conclusões, devido à falta de cuidado durante a identificação". O processo disciplinar conclui que o GNR agiu com "negligência grosseira".
A condenação "pela violação do dever de zelo" foi decidida no final de maio e, entretanto, o militar apresentou um recurso hierárquico, do qual ainda aguarda decisão.
O CM contactou o Comando Geral da GNR mas, até ao fecho desta edição ,este não tinha respondido às questões enviadas.
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