Operação Influencer: Ministério Público arquivou caso da pen com nomes de espiões
António Costa foi ouvido como testemunha.
O Departamento Central de Investigação e Acção Penal arquivou a investigação relacionada com a descoberta de um "pen-drive" no Palácio de São Bento, contendo o nome de centenas de espiões, como revelou, em janeiro deste ano, a revista SÁBADO.
De acordo com um comunicado do DCIAP, "esgotadas as diligências possíveis, não se apurou a identidade de quem gravou esses dados na referida pendrive, de quem a entregou e se as pessoas que tiveram a sua posse acederam ao respetivo conteúdo ou, sequer, tinham conhecimento do mesmo, o que determinou o arquivamento do inquérito".
Ainda de acordo com o mesmo comunicado, o Ministério Público refere ter realizado as "pertinentes diligências de investigação". E, na sequência destas, "foi possível apurar que os dados em questão são os mesmos que, segundo foi considerado provado após julgamento em processo distinto, foram extraídos da base de dados da Segurança Social em junho de 2019 pelo ali arguido, ex-funcionário dessa entidade", confirmando os dados revelados pela SÁBADO.
Vítor Escária, antigo chefe de gabinete de António Costa, foi constituído arguido neste processo. Já o ex-primeiro ministro foi inquirido como testemunha.
Este caso teve origem numa certidão da Operação Influencer. Durante uma busca ao gabinete de Vítor Escária, foi encontrada um dispositivo informático (uma pen) , contendo dados pessoais de centenas de inspetores da Judiciária, quadros das Finanças e até agentes dos serviços de informações.
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